Tabelião e registrador Miguel Jaime dos Santos Agra assume a serventia extrajudicial de Benjamin Constant

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Entrevista integra a série de reportagens da Anoreg/AM com os delegatários aprovados no concurso do TJ/AM em 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg/AM) dá continuidade, neste mês de maio, à série de entrevistas com delegatários que assumiram serventias extrajudiciais no estado, convocados pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM), no ano de 2020, após aprovação em concurso público. Este segundo capítulo do projeto explora a história de Miguel Jaime dos Santos Agra, de 34 anos, natural da capital do Amazonas, que atualmente está em processo de transição de titularidade, assumindo a serventia extrajudicial da Comarca de Benjamin Constant.

Nos últimos meses, Miguel esteve à frente do cartório de Codajás e está migrando de casa após audiência de reescolha, ocorrida no final de março deste ano. O tabelião e registrador é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), pós-graduado em Processo Penal pela União de Faculdades de Alagoas (Unifal) e mestre em Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos, pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Na bagagem profissional, o delegatário acumula atividades como programador, advogado, investigador da Polícia Civil e analista judiciário.

Confira a entrevista na íntegra:

Anoreg/AM – Como chegou ao segmento extrajudicial?

Miguel dos Santos Agra – A atividade notarial e registral inicialmente não estava em meus planos. Estudava para concursos da área jurídica há alguns anos quando saiu o edital. Como já tinha certo conhecimento das outras disciplinas, na ocasião estudei as matérias específicas e alcancei o êxito, sendo aprovado no concurso. A atividade contagia, isso porque o impacto de um ato é imediato na vida das pessoas. Hoje sou tabelião e registrador por opção e por amor.

 Anoreg/AM – Como foi sua experiência à frente da comarca de Codajás?

Miguel dos Santos Agra – Primeira comarca, primeiro cartório e primeiro ato. Codajás foi um laboratório. Trabalhava dia e noite nos primeiros meses de forma exaustiva, de manhã, de tarde e de noite sem parar. O maior desafio foi compreender a dinâmica da atividade, um misto de serviço público e iniciativa privada. Nunca imaginei que fosse ler um livro de contabilidade. Pois bem, li alguns para aprender a escriturar os livros fiscais. Achava que não ia mais programar, então, agora estou fazendo isso também. Ter conhecimento jurídico é apenas a ponta do Monte Everest.

 Anoreg/AM – Recentemente houve o processo de reescolha e o senhor optou por migrar para Benjamin Constant. Já migrou oficialmente? Se sim, como tem sido a experiência na nova casa?

Miguel dos Santos Agra – Estou migrando na próxima semana para Benjamin Constant. Nova casa, novos desafios. Espero contribuir da melhor forma com o povo de BC, pois o maior prazer da atividade é encontrar um propósito e o meu é ajudar aquele cidadão que, porventura, tenha pouco ou nada de acesso à cidadania, assim como realizar um serviço com qualidade técnica para todas as pessoas de maneira inclusiva, diminuindo desigualdades sociais e regionais, sem distinção de origem, raça, sexo ou cor.

 Anoreg/AM – Quais desafios tem enfrentado à frente destes cartórios?

Miguel dos Santos Agra – Os desafios são muitos. Entre eles, está a missão de desenvolver cultura nas pessoas sobre a prática de atos formais de modo a promover mais segurança jurídica. A falta de infraestrutura tecnológica no nosso interior também é desafiadora.

 Anoreg/AM – Quais novos projetos estão sendo implementados no cartório onde está atuando e onde já atuou?

Miguel dos Santos Agra – Conformidade é a palavra! Alguns a chamam de “compliance”. Conformidade dos procedimentos legais, das tarefas do dia a dia, da capacitação dos recursos humanos e, também, da virtualização e indexação dos livros escriturados.

 Anoreg/AM – Quais serão seus próximos passos?

Miguel dos Santos Agra – Os próximos passos se baseiam em equacionar a evolução tecnológica com os serviços prestados pelo cartório e aprimorar o atendimento à população, ampliando os serviços voltados à cidadania e todos aqueles necessários para segurança jurídica.

 Anoreg/AM – Na sua opinião, qual a importância dos serviços cartorários para a população?

Miguel dos Santos Agra – A importância dos serviços notariais e registrais é vital. A vida de cada pessoa passa pelo cartório. Quando eu nasci, meu pai foi ao cartório registrar meu nascimento. Quando casei, fui ao cartório. Quando comprei meu primeiro imóvel, também fui ao cartório. Os serviços notariais e registrais estabelecem parâmetros de excelência e confiança na vida das pessoas. Os cartórios estão no passado, zelando pela história de nossos ancestrais, e no presente, cuidando da vida do cidadão.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Anoreg/AM

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