Ano excepcional para o mercado imobiliário

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Mesmo sem dados do último mês de 2021, volume de registros de compra e venda já é maior do que em 2020

O Registro de Imóveis do Brasil (RIB) divulgou nesta quinta-feira o Informe do Registro de Imóveis, com dados das transações imobiliárias registradas em grandes cidades brasileiras em novembro de 2021. Acesse na íntegra: www.registrodeimoveis.org.br/portal-estatistico-registral

O número de registros de compra e venda (C&V) entre janeiro e novembro de 2021 (312.055) já supera o observado em todo ano de 2020 (247.585) nas capitais avaliadas: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Recife/PE, Fortaleza/CE e Campo Grande/MS.

Em comparação ao mesmo período do ano anterior (janeiro a novembro), todas as capitais apresentaram alta, com destaque para Fortaleza (86,8%), Florianópolis (60,2%) e São Paulo (44,1%).
Na comparação entre nov/2021 e nov/2020, a maioria das cidades analisadas obteve expansão no número de transferências de propriedade realizadas, exceto Fortaleza (-0,5%), Santos/SP (-2,7%) e Recife (-5,3%), onde foi observado leve queda na quantidade de transações.

Em relação a outubro de 2021, houve recuo no número de transações na maioria das cidades monitoradas, com destaque para Fortaleza (-28,7%), Campinas/SP (-13,0%) e Santos (-11,9%). No lado oposto do gráfico, as cidades que registraram crescimento no número de transações em relação ao mês anterior são Campo Grande (+23,3%), São José dos Campos/SP (+6,9%) e Recife (6,0%).

“A despeito de um declínio no curto prazo, que pode ser pontual ou se manter no último mês de 2021, é possível afirmar que o mercado imobiliário em 2021 esteve mais aquecido do que o final de 2020. Inclusive, em perspectiva, faltando apenas a análise de dezembro, os cálculos do acumulado no ano e dos últimos 12 meses convergem, evidenciando que 2021 foi um ano muito melhor do que 2020 para o mercado imobiliário, podendo ser considerado excepcional, na verdade”, afirma Patricia Ferraz, responsável pelo estudo no Registro de Imóveis do Brasil.

Fortaleza/CE segue liderando o mercado na análise ampla. O crescimento no número de transferências de C&V foi observado nos últimos 12 meses (+77,6%) e no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20 (86,8%). A participação dos registros de C&V no número total de transações imobiliárias passou de 65% (7.889), em 2020, para 80,8% (13.919), nos últimos 12 meses encerrados em novembro. Na comparação do mês com out/21 e nov/20, porém, foram registradas quedas de 28,7% e 0,5%, respectivamente.

Florianópolis/SC seguiu com queda mensal no número de transações de C&V (-10%), embora ligeiramente menor do que o observado na comparação out/set (-13%). A participação de C&V no volume total de transferências se manteve estável nos últimos meses em comparação a 2020: 68,9. Os indicadores de C&V dos últimos 12 meses e do comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20 foram bastante positivos, com crescimento de +56,3% e +60,2%, respectivamente – posicionando, assim, a capital como a segunda em crescimento nesse indicador.

Com o terceiro maior volume de transações de C&V entre as cidades avaliadas (atrás apenas de Rio e São Paulo), Curitiba/PR registrou crescimento semelhante, tanto nos últimos 12 meses quanto no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20: 40,2% e 43,5%, na sequência. Em relação ao mês anterior, a variação de -10,9%, após alta de +7,9% em outubro, demonstra uma oscilação comum no mercado. A participação de C&V no total de transações (61.691) ficou em 61,9% nos últimos 12 meses.

Campo Grande/MS também manteve crescimento similar nas análises dos últimos 12 meses e no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20: 20,3% e 20,1%, respectivamente. Os 19.664 registros de C&V corresponderam a 77,1% das 25.489 transações realizadas, mantendo tendência de expansão observada desde 2018, quando a série foi iniciada na localidade.

Rio de Janeiro/RJ conta com a segunda maior quantidade de transações (78.713) entre as cidades avaliadas, sendo a participação de C&V correspondente a 72,1% dos casos (52.258). A capital fluminense registrou alta de 26% nos últimos 12 meses e 30,7% no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20. Foi registrado, ainda, o aumento de 12,1%, na comparação com o mesmo mês de 2020, e queda de 6,1%, em relação a outubro de 2021.

No Nordeste, Recife/PE segue no final da fila, mas mesmo assim apresentou crescimento de 8,9% nos últimos 12 meses e de 11,4% no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20. A participação de C&V no volume total de transações ficou em 68,9%, correspondendo a 9.225 das 13.385 transações realizadas nos últimos 12 meses.

Por fim, a capital paulista, líder em quantidade total de transações (281.201) e de C&V (181.397), registrou crescimento de 43,6% nesse indicador, nos últimos 12 meses, e de 44,1% no comparativo jan/21-nov/21 x jan/20-nov/20. Perto do encerramento do ano, é possível associar o crescimento observado no número de transações em São Paulo com o recorde histórico no número de alienações, que cresceram +40,3%, nos últimos 12 meses encerrados em novembro/2021.

A importância das operações de crédito nos grandes centros urbanos poderá impactar o mercado em 2022, em vista do aumento das taxas de juros para níveis elevados.

Sobre o Informe

O Informe do Registro de Imóveis é o único indicador do mercado com números de transferências de propriedade imobiliárias totais e com segregação de operações de compra e venda. Os dados são enviados pelos Registros de Imóveis para produção dos indicadores e estatísticas com metodologia desenvolvida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Sobre o RIB

O Registro de Imóveis do Brasil tem a missão de fomentar, aprimorar e auxiliar na modernização dos serviços prestados pelos oficiais de Registro de Imóveis, a quem incumbe garantir e proteger o direito à propriedade imobiliária e a segurança dos demais direitos reais imobiliários em todo o país.

Com isso, o RIB contribui para o melhor ambiente de negócios, para a segura concessão do crédito, para a distribuição de riquezas e para o desenvolvimento econômico brasileiro. É por meio do Registro de Imóveis que indivíduos e empresas podem realizar investimentos e adquirir empréstimos e financiamento usando suas propriedades imobiliárias como garantia. Em razão de tais operações, os governos podem arrecadar impostos, para desenvolver e implementar políticas públicas em benefício da população.

Composto por 20 associações estaduais, representando mais de 3.500 registradores de imóveis, o RIB tem consciência das diferenças regionais que caracterizam o Brasil, e, portanto, busca levar as melhores iniciativas e soluções aos registradores dos quatro cantos do país.

Mais informações: www.registrodeimoveis.org.br.

Fonte: RIB

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