G1 Amazonas: Mais de 2,8 mil casamentos são realizados nos quatro primeiros meses de 2021, no AM

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Apesar da pandemia, o número de casamentos no Amazonas cresce mês a mês. Só nos quatro primeiros meses deste ano foram registrados 2.893 casamentos, segundo dados da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg). No mesmo período do ano passado, esse número foi de 2.440, ou seja, houve um aumento de 18,5%. Em 2019, foram realizados 2.146 matrimônios.

E o período conturbado exigiu adaptações do setor de organização de casamentos e eventos. Foi assim que nasceram os “home wedding” ou “micro wedding” e até mesmo as cerimônias a dois (elopement wedding), que são agora consideradas novas tendências de mercado, segundo especialistas consultados pelo G1.

A assessora e cerimonialista Suelen Lima possui mais de dez anos dedicados à realização de casamentos. Ela não esconde que é apaixonada por esse universo, mas conta que durante a pandemia, o desafio foi entender este novo cenário.

“Mexeu com nosso financeiro e com nosso psicológico, para os casais então, que já estavam com tudo pago e na véspera do casamento foi aterrorizante, tínhamos que tirar forças em um meio de tanta tristeza para ser o Porto Seguro para eles”, contou a profissional, que disse nunca ter imaginado viver um momento tão difícil como a pandemia.

O telefonista Kaleide Ramos e a maquiadora Leia Arouche se casaram em meio à pandemia. A cerimônia foi realizada no mês de março deste ano, de forma on-line. Os recém-casados ainda sonham em casar também na igreja, mas preferem esperar o momento certo, que para eles é quando ambos estiverem vacinados.

“Havíamos planejado casar após um ano de noivado e casamos com quase dois anos de noivado. A pandemia atrapalhou totalmente nossos planos, porém nos reorganizamos e decidimos casar somente no civil, pois não havia condições de realizarmos na igreja”, contou Kaleide.

“Foi uma cerimônia simples, pois como não havia a possibilidade de convidar toda família e amigos decidimos fazer apenas um jantar com os familiares que residem conosco. Ainda vamos realizar a celebração do sacramento matrimônio na nossa igreja e a pandemia atrapalha um pouco, porque nem todos estamos vacinados e imunes”.

Diante das mudanças na sociedade causadas pela pandemia, em vários aspectos, foi preciso que a população se reinventasse. Planos foram repensados, sonhos foram tirados do papel. Se por um lado, a pandemia trouxe um estrago imensurável, por outro, serviu para mostrar que o amor sobrevive, mesmo em tempos difíceis.

A enfermeira Mariana dos Santos Duarte e a assistente parlamentar Thatiana Macedo juntaram as alianças no dia 7 de abril deste ano. Para elas, que namoraram por mais de dois anos, a pandemia foi a maior motivação para oficializar o relacionamento, pois foi algo que despertou ainda mais amor.

“A rotina que foi criada entre casais na pandemia é muito monótona. Se não houver amor e paciência, companheirismo, tudo vai por água abaixo. Quando decidimos nos casar, o que pensamos é que são tantas incertezas na vida, e priorizamos não desamparar uma à outra no caso de uma fatalidade”, contou Thatiana.

Novo cenário

Seja pela incerteza do amanhã diante de um cenário de pandemia, ou mesmo por questões de praticidade, casar tem sido uma das coisas que os amazonenses estão tendo como prioridade ao longo da pandemia.

Em todo o ano de 2020 foram registrados 9.721 casamentos, de acordo com Associação dos Notários e Registradores (Anoreg). No ano anterior, quando não existia pandemia, foram contabilizados pela associação, um total de 8.231 casamentos.

Atualmente, os casais podem escolher se desejam casar de forma on-line, ou presencial. Os casamentos presenciais são realizados com capacidade reduzida de lugares, uso de máscara e álcool em gel, entre outras medidas. O mais importante, em meio a tudo isso, é que o amor vem se reinventando e marcando presença.

Fonte: G1 Amazonas

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