Delegatária de Juruá destaca a atuação da Anoreg/AM em prol da melhoria na prestação de serviços extrajudiciais

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Para Larisse Moura, receptividade e suporte técnico da Associação foram essenciais para seus primeiros passos no segmento extrajudicial do Amazonas

Abrindo o especial “Perfil de Delegatários” em 2022, a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg/AM) conversou com Larisse Moura da Silva, titular do Cartório Único de Juruá, município amazonense localizado a 672 quilômetros de distância da capital Manaus.

Natural de Ituiutaba, município do interior de Minas Gerais, Larisse tem 34 anos e é formada em Direito pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e mestranda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia – Campus Pontal. Antes de vir para o Amazonas, atuou em advocacia extrajudicial.

Confira a entrevista:

Anoreg/AM – Como chegou ao segmento de serventias extrajudiciais? Já atuou em outros estados?

Larisse Moura da Silva – O meu contato inicial foi no final do curso Direito quando estagiava em um escritório de advocacia onde atuava com várias demandam do extrajudicial. Posso dizer que foi decisivo para escolha do concurso de outorga de delegações dos serviços extrajudiciais. Em 2016, logo após terminar a faculdade, comecei os estudos para concurso e, em 2018, logrei êxito com aprovação no concurso nos estados do Ceará e do Amazonas. Em novembro de 2019, escolhi minha primeira serventia no Ceará – Registro Civil de Pessoas Naturais da cidade Itapipoca – e respondi interinamente por outras duas serventias na mesma cidade. Ali começava minha jornada do outro lado balcão.

Anoreg/AM – Como tem sido a experiência e quais os desafios enfrentados no Ofício Único de Juruá?

Larisse Moura da Silva – O primeiro desafio foi deixar toda minha história em Minas Gerais para começar uma nova história em outro estado. Desde que cheguei, tenho passado por várias experiências que agregam conhecimento na minha carreira profissional. O desafio de todos os dias envolve os meios de comunicação, mais precisamente o acesso à internet. Temos ainda uma prestação de serviço de internet muito precária, pois, quando falamos de cartório, não podemos mais ter aquela visão antiga de que para o cartório basta apenas livros. Estamos falando de cartório cada vez mais conectado em tempo real com o mundo globalizado. Recebemos e enviamos informações diariamente. A cada nova legislação, a cobrança é latente para que os cartórios estejam conectados ao mundo digital. Vale lembrar, também, toda a revolução que vem acontecendo nesses dois últimos anos, por conta da pandemia, que acarretou na necessidade do atendimento virtual ao usuário, seja por balcão virtual ou pelas centrais.  Quando falamos em atendimento ao usuário ou a órgão público, estamos tratando com pessoas que cada vez necessitam de um atendimento célere e eficiente. Para atender esses elementos de forma completa, que satisfaça as expectativas, um arcabouço tecnológico é fundamental, considerando principalmente a internet. Saliento que a comunicação de informações aos órgãos ou até mesmo para os cartórios está intimamente ligada a prestação do serviço de forma eficiente. No interior, tanto o cartório quanto os usuários têm dificuldades com acesso à rede de qualidade. Mesmo com essa dificuldade, conseguimos prestar um atendimento humanizado com muito respeito ao cidadão.

Anoreg/AM – Qual ou quais novos projetos estão sendo implementados no cartório onde você está atuando?

Larisse Moura da Silva – Assumi um cartório com passivo grande diante das centrais de serviços como o Sistema Nacional de Informações do Registro Civil (Sirc), a Central de Informações do Registro Civil (CRC) e a Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec) e de digitalização do acervo. O primeiro passo é acertar todas as pendencias de informações e digitalizar o acervo. Para tanto, tivemos que contratar serviço de internet e sistemas de automação que ajudasse na inserção destes dados de maneira mais célere. Assim, mesmo diante das dificuldades de acesso à internet conseguimos caminhar bem. Já na regularização fundiária urbana, estamos em diálogo com o Poder Executivo para que possamos, juntamente com este, ajudar a população.

Anoreg/AM – Quais serão seus próximos passos?

Larisse Moura da Silva – Terminar a digitalização do acervo e o envio das informações às centrais e atuar na realização da regularização fundiária do município.

Anoreg/AM – Com você avalia a atuação da Anoreg/AM no estado?

Larisse Moura da Silva – Desde que cheguei, tenho grande admiração por toda a equipe da Anoreg Amazonas. Não é fácil mudar de estado, mas o atendimento e a receptividade que tive no início foram fundamentais para o começo da minha caminhada aqui. A Anoreg sempre atua de forma ativa na prestação e esclarecimento de informações à classe, além de disponibilizar, aos cartórios, o acesso ao sistema de gestão notarial e registral Cacique Web, que é fundamental para desempenho dos serviços. Diante disso, digo que a Anoreg/AM atua juntamente com delegatários na melhor prestação do serviço aos usuários.

Anoreg/AM – Para você, qual a importância dos serviços cartorários para a população?

Larisse Moura da Silva – Nas cidades do interior nas quais há predominância de população com baixo letramento, além das funções típicas, desempenhamos funções atípicas, a exemplo da campanha contra a violência doméstica. No dia a dia do atendimento de balcão, a população clama nossa ajuda em várias situações atípicas da nossa atividade. Não posso deixar de citar a função social que os serviços extrajudiciais exercem para a efetivação dos direitos, garantindo, à sociedade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.

Confira outras matérias com delegatários do Amazonas (clique no nome):

Márcia dos Santos Santiago (Careiro)

Ricardo Bandeira de Mello (Pauini)

Kenny Marcel Oliveira dos Santos (Anamã)

Nathalie Moreira Garcia de Lima Raposo (Novo Aripuanã)

Victor Calíope (1º Ofício de Coari)

Paulo Henrique Felberk de Almeida (Rio Preto da Eva)

Thaís Batista Fernandes Braga (2º Ofício de Coari)

Mariana Almeida de Lima (Atalaia do Norte)

Paulo Said Haddad Neto (Amaturá)

Thaís Vieira Soares (Fonte Boa)

Isabela Oliveira Barreto (Ipixuna)

Geiza Elem Souza de Matos (Barcelos)

Leonam Portela (5º RCPN de Manaus)

Miguel Agra (Benjamin Constant)

Alan Felipe Provin (Iranduba)

Fonte: Anoreg/AM

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